Uma dúvida freqüente que as pessoas se deparam quando vão escolher seu cirurgião plástico é como selecionar os melhores. A Medicina é uma área extremamente técnica e científica, portanto o critério mais fidedigno para julgar um médico é através da sua formação acadêmica que constitui a base e alicerces de seu conhecimento. É curioso notar que, em todos os processos seletivos para contratação de profissionais, a análise é curricular é um pré-requisito em qualquer empresa. Porém, quando as pessoas querem contratar um médico, que também é um profissional e que vai lidar com a sua vida, simplesmente negligenciam essa poderosa ferramenta de triagem.
Todos sabem que no Brasil a Educação é desigual e, muitas vezes, de qualidade duvidosa. Em Medicina não é diferente. Ao mesmo tempo em que temos as melhores escolas médicas da América Latina, também temos as piores. Anualmente, o CREMESP aplica exames de proficiência a médicos que acabaram de se formar. Os resultados são alarmantes e comprovam a importância da formação acadêmica. Sempre mais de 50% dos médicos são reprovados e, mesmo assim, recebem seu registro para exercerem a profissão (já que esse exame, por lei, não tem poder de crivo como o da OAB). Observando mais profundamente esses resultados – cujos estudos são sempre publicados no site do CREMESP – é possível notar uma nítida divisão: de um lado, com notas elevadas, estão os médicos de universidades de 1ª linha, em geral, públicas. De outro lado, com notas muito abaixo da média, estão muitos médicos formados geralmente por universidades particulares com fins comerciais, que não possuem nem hospitais universitários para o ensino médico, obrigando seus alunos a aprenderem Medicina apenas com seus livros. Atualmente, o CFM (Conselho Federal de Medicina) faz campanha ferrenha para o fechamento de inúmeras faculdades particulares de péssima qualidade, mas esbarra na questão política.
Enquanto esse impasse não é resolvido, cabe a cada um fazer sua parte e averiguar o currículo do cirurgião plástico antes de se decidir. Acreditamos que, os melhores profissionais têm origem nas melhores universidades. Sempre que o Jornalismo faz matérias sobre Medicina, esses são os médicos procurados, por serem referência. Não que cirurgiões plásticos de outras faculdades não possam ser bons. Algumas vezes até são. A questão é que a cirurgia plástica não é SUS e tem um custo que não é baixo. Portanto, cada paciente tem o direito de usar critérios objetivos para investir seus recursos com sabedoria.